A falta de Escolaridade é um dos principais fatores que explicam a alta taxa de fecundidade nas áreas mais pobres da Região Metropolitana do Recife. A observação é da doutora em demografia e consultora do Atlas, Maria Rejane de Britto Lyra.
Ela avalia que as mulheres com baixo nível educacional têm mais dificuldade para assimilar informações sobre métodos contraceptivos e outras medidas para evitar a gravidez.
Em Itapissuma, que registrou um IDHM-Educação de 0,565, em 2000, a taxa de fecundidade foi de 3,25, que é o número de filhos que, em média, uma mulher terá tido durante seu período reprodutivo, que vai de 15 a 49 anos.
Marlene Queiroz, 44, já superou essa expectativa. Ela é mãe de sete filhos e, mesmo vivendo em condições sub-humanas, não quer fazer a laqueadura.
“Não sei como é essa cirurgia e tenho medo”, conta. Ela e o marido, o pescador José Ramos dos Santos, 40, são analfabetos. A família sobrevive com cerca de R$ 200 por mês. Condição de extrema pobreza.
Diário de Pernambuco (PE)
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