– Já liguei! – anuncia Antônia Ughini Pinheiro, cinco anos, no primeiro segundo sentada em frente a um netbook. Ao lado dos colegas da Educação Infantil da Escola de Educaçã Básica Feevale, em Novo Hamburgo, ela está na Sala Conectada, onde lousas interativas substituíram quadros negros e professores usam pranchetas eletrônicas.
Trata-se de uma sala de aula tecnológica, projetada para incentivar a interatividade e a construção coletiva do conhecimento.
Netbooks substituem cadernos, pranchetas eletrônicas (pads) tomam o lugar do giz. Com um investimento de aproximadamente R$ 120 mil, a Feevale busca um novo conceito de aula para atrair a geração Y, sempre sedenta por novidades.
O espaço tem suporte tecnológico para que as aulas de qualquer disciplina se tornem mais atraentes à nova geração de estudantes.
– Dispositivos conectam a sala inteira. O professor poderá lançar perguntas e, com os votadores em mãos, os alunos vão responder de forma instantânea e interativa – relata o diretor de Tecnologia da Informação da instituição, Carlos Schwartzhaupt.
Para acompanhar o ritmo dos pequenos, os professores estão sendo treinados para utilizar as ferramentas tecnológicas. E é aí que está o desafio.
– Os pequenos já saem mexendo. Os professores terão que se adaptar às novas tecnologias, a esta nova maneira de educar – observa o professor de informática Elias Wallauer.
A pró-reitora de Ensino da Universidade Feevale, Inajara Ramos, diz que o papel do professor é orientar e tomar as rédeas do que será desenvolvido.
O QUE JÁ É POSSÍVEL
Na sala conectada, um software permite que os professores organizem aulas, arquivem ou modifiquem apresentações com a aula em andamento. São 32 netboooks, sendo que cada aluno tem o seu e pode interagir com o conteúdo disposto pelo professor simultaneamente em cada tela.
Com internet sem fio, o professor tem acesso ao conteúdo acessado pelos estudantes. Uma câmera de documentos reproduz na tela imagens de livros e detalhes de experiências científicas, com a ajuda de uma câmera ligada ao computador principal.
Dois pads funcionam como pranchetas eletrônicas. Os alunos e professores podem escrever na lousa sem sair do lugar.- Para promover a interatividade, 32 votadores circularão pela sala. Os dispositivos permitem aos alunos votarem em questionários interativos e participarem de jogos e outras atividades.
Na lousa interativa, é possível escrever com canetas ou digitar no teclado. Arquivos multimídia podem ser apresentados na tela, a exemplo de vídeos em flash e outros tipos de arquivos, além da captura de frames e da criação de vídeos.
Letícia Barbieri, in: Zero Hora (RS)
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