Diante da nossa realidade, é
preocupante a posição que o governo federal adotou, quando determinou cortes
nos orçamentos destinados ao Ministério da Saúde e da Educação. A Saúde foi
duramente atingida com R$5,4 bilhões a menos para a sua pasta. Diariamente
assistimos sem nada poder fazer, ao sucateamento de vários hospitais e postos
de saúde no nosso país. É degradante vermos cidadãos tratados com total descaso
quando necessitam de assistência médica. As cenas que presenciamos através dos
veículos de comunicação há bem pouco tempo num hospital da capital potiguar, é
de sensibilizar os corações mais endurecidos. Pessoas pelo chão, outras,
sentadas a segurar o soro no braço; uma UTI improvisada a fim de atender
pacientes mais graves, tudo isso nos deixa estáticos, é uma barbárie.
Em reportagens anteriores, tomamos
conhecimento de determinada capital, com hospital novo sem estar sendo
utilizado, e outros, pelo país a fora, equipados, porém, sem pessoal
especializado para sua operacionalização; enfim, situações inadmissíveis. Quando
o cidadão tem um plano de saúde, sua situação é bem diferente, porém, basta
observar a nossa pirâmide social para percebermos que a maioria do povo
brasileiro está aquém desse benefício, e mesmo assim, aqueles que têm, muitas
vezes esperam para serem atendidos por um especialista e o plano infelizmente
nem sempre cobre todo tipo de procedimento, imagine o Serviço Público.
Outrossim, vale salientar que os
cidadãos que dependem da saúde pública, passam por situações absurdas, quando
precisam de assistência porque, a consulta para determinado especialista, na
grande maioria dos casos, chega a demorar de dois a cinco meses para ocorrer;
isso quando no dia marcado o profissional comparece ao ambulatório, porque
quase sempre ele falta e o indivíduo tem a sua consulta remarcada por um
período igual. A saúde está na UTI, em estado terminal, cabe ao governo o dever
de salvá-la!
Quanto ao Ministério da Educação,
cujo corte ficou orçado em R$1,9 bilhões, necessário se faz lembrar dos nossos
jovens e nossas crianças, que muitas vezes frequentam a sala de aula só por
conta da merenda, outras, nem à Escola vão porque o trajeto é difícil, como
acontece em várias regiões. Sim, ainda existem boas Escolas, mas, pensemos na
extensão territorial do nosso país, para que cheguemos à conclusão de que muito
ainda precisa ser feito.
O Ensino fundamental e o médio são o
passaporte para que nossos jovens consigam chegar à faculdade com embasamento
suficiente para que venham a se tornar profissionais qualificados e com
competência. É de suma importância a Educação numa sociedade, porque os jovens
de hoje, são o futuro de uma nação!
Fonte: Diário de Pernambuco (PE)
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