quinta-feira, 14 de junho de 2012

Questão de educação

A Constituição Federal ordena que os estados e os municípios invistam na rubrica Educação pelo menos 25% das arrecadações com os impostos de sua incumbência, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O mandamento constitucional é claro e direto. Corresponde à necessidade estratégica de acelerar o processo de desenvolvimento nacional através de uma Educação de qualidade capaz de formar, ao mesmo tempo, mão de obra qualificada, lideranças confiáveis e uma cidadania ativa e participante.
Levantamento divulgado segunda-feira, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), revelou que, entre 2005 e 2010, em relação ao que arrecadou, Santa Catarina foi o Estado da federação que menos investiu em Educação (25,43%) entre os que cumpriram a aplicação do percentual mínimo ditado pelo texto constitucional. Embora a Secretaria Estadual da Educação conteste os critérios utilizados na pesquisa, impende reconhecer que, no período em questão, que corresponde à anterior administração, se registrou evidente queda na qualidade da Educação pública no Estado, mormente no nível médio.
Não se trata aqui de buscar “culpados” que não existem, eis que a lei maior foi obedecida. As dificuldades enfrentadas pelas finanças públicas nesta etapa certamente inserem-se na questão. O levantamento do FNDE, no entanto, precisa ser interpretado como um sinal de alerta e um estímulo para a realização de esforços no sentido de aumentar investimentos no setor educacional. Anos atrás, a Educação pública em SC era apontada como um modelo para a nação. Educação, juntamente com saúde e segurança pública, também de qualidade, são as maiores reivindicações da sociedade.
Fonte: Diário Catarinense (SC)

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