A aprendizagem da leitura e da
escrita constitui uma ferramenta indispensável para a inserção social. Não nos
referimos àquela aprendizagem mecânica, que permite somente a decodificação e
reprodução de símbolos, como apregoou por muito tempo a pedagogia tradicional,
mas, sobretudo, referimo-nos à apropriação do conhecimento que permita uma
leitura dinâmica e sistêmica de mundo, que humanize o sujeito inserindo-o na
sociedade como autor de sua própria história.
O Instituto Nacional de Estatística e
Pesquisa em Educação (Inep) mostra que Alunos de 5ª ano do Ensino fundamental
não possuem habilidades cognitivas na leitura e escrita. Mas, por que existem
tantas dificuldades na aquisição da leitura e da escrita por parte dos Alunos em
sua tenra idade? Idade esta propícia ao ato de aprender.
Mesmo diante desta realidade, é
possível observar que quando uma criança ingressa na Escola, já possui as
habilidades linguísticas adequadas para o processo de desenvolvimento da
leitura e da escrita, pois são as mesmas habilidades de compreensão da fala.
Uma criança não aprende a falar, porque um adulto a Ensinou de maneira
sistemática. Entretanto, desenvolve a fala observando a fala do adulto,
interagindo com ele e buscando atender suas necessidades a partir dessa
comunicação.
Desta forma, para que uma criança
aprenda a ler e escrever, não é necessário um árduo esforço, basta inserir esse
aprendizado em seu cotidiano de uma forma natural. É neste sentido que o
adulto, sobretudo, o Professor, deve agir de modo consciente e com uma
sensibilidade e bom senso na prática Docente do cotidiano.
Sendo assim, é importante mencionar a
importância do papel do Professor nesse processo, que deve centrar sua prática
num modelo que propicie ao Aluno o desenvolvimento de sua criticidade e
sensibilidade frente às letras. Não basta apenas decodificar, mas é preciso
compreender, contextualizar, aplicar esta leitura de forma significativa,
tomá-la como um meio de interpretar o mundo e interagir nele.
Somente assim, a leitura e a escrita
serão apresentadas à criança como um instrumento rico de expressão, de
diversão, de instrução que, contextualizado a sua realidade, irá proporcionar
segurança para romper com os conflitos próprios desta aprendizagem.
Transformando esse momento, no momento de aprendizado consciente, crítico,
reflexivo e com um potencial criativo tão inerente a criança nesta fase de seu
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
Rafaela de O. Falcão e Maria da
Glória B.Matoso, in: O Povo (CE)
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