quarta-feira, 27 de junho de 2012

Ensino integral ampliado

Com a promessa de ofertar no mínimo oito horas de aula para os estudantes, a Secretaria de Educação planeja entregar três Escolas de tempo integral no Distrito Federal. Ao lançar o Projeto Político-Pedagógico Professor Carlos Mota, a pasta definiu metas e objetivos para a Educação brasiliense até 2014. O nome é uma homenagem ao então diretor do Centro de Ensino Lago Oeste, assassinado em 2008. Segundo o secretário de Educação, Denilson Bento, a primeira das novas Escolas de tempo integral será aberta para a população nesta semana, em Brazlândia.
Na sequência, serão inauguradas unidades em São Sebastião e Planaltina. Todas deverão oferecer, pelo menos, oito horas de aula. O secretário lembrou que a rede pública já tem unidades oferecendo jornada integral. Recentemente, a pasta inaugurou uma Escola em São Sebastião, com sete horas de aula. ”A Escola em tempo integral tem que ter, no mínimo, sete horas de funcionamento. Porque para as políticas públicas e para o Ministério da Educação, tempo integral são mais de sete horas“, argumenta. Denilson Bento afirma que a demanda por este tipo de Ensino é muito grande entre a população. Mas lembra que estas unidades demandam uma infraestrutura mais robusta do que as Escolas convencionais. Por isso, o processo de transição deverá ser gradativo. “Eu não posso ter uma Escola em tempo integral com capacidade de 400 Alunos e colocar mil nessa Escola. Não tem como funcionar”, completou. Sem contar com as quatro novas Escolas com mais de sete horas de aula, entre as 655 Escolas do DF, a pasta calcula que 283 ofereçam para uma parte de Alunos tempo integral na Educação.

Objetivos
Entre as demais metas de destaque, o secretário apontou redução de até 30% dos Alunos atrasados quanto à série. Hoje, o DF tem 79 mil Alunos com este problema. “Temos o grande desafio de iniciar a fase de Alfabetização no segundo ano do Bloco de Iniciação da Alfabetização, o chamado BIA. Estávamos fazendo isso no terceiro ano”, emendou. Até 2014, outro objetivo é universalizar a pré-Escola de quatro a cinco anos. Também é meta diminuir a carência de Creches, para crianças de até três anos. A demanda fica próxima a cem mil pedidos. A pasta espera ainda neste ano iniciar a construção de 50 Creches.

Escolas analisarão plano
O texto do projeto político-pedagógico será repassado para as Escolas. Cada unidade deverá produzir uma versão própria do documento, conforme a sua realidade. Na análise do Sindicato dos Professores (Sinpro), a grande dúvida agora é como os objetivos serão alcançados. “O desafio agora é operacional”, resumiu o diretor de políticas educacionais, Julio Barros. Em uma leitura preliminar do documento original, Barros não viu linhas claras sobre quais serão as ferramentas para o cumprimento das metas, assim como a definição delas. Na análise preliminar, Barros considerou o projeto positivo, mas espera que as lacunas sejam preenchidas.
O Sinpro fará sugestões para a secretaria. Uma vez que as eleições para a escolha dos diretores das Escolas, dentro da Gestão Democrática, está prevista para 15 de agosto, o sindicato planeja uma série de debates sobre o projeto a partir das 19h de amanhã, em sua sede no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Para o secretário de Educação, o debate acerca do projeto é necessário. Segundo ele, é importante que todos os Professores estejam envolvidos na discussão. Bento adiantou que a pasta iniciará no segundo semestre uma série de licitações para modernizar a estrutura da pasta, como informatizar processos e desenvolver um serviço de e-mail para informar os servidores sobre os projetos da área.
Fonte: Jornal de Brasília (DF)

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