O Rio Grande do Sul aparece em último
lugar no ranking nacional de investimentos em educação. Segundo a
diretora-executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Fonseca da Cruz,
se o pagamento dos inativos não estivesse dentro dos 25% destacados para a
área, sobrariam mais recursos para qualificar o ensino e a formação dos
professores. Ela destaca ainda que a educação é multifatorial.
— Não é possível melhorar a educação
investindo em apenas um ponto. Tem que haver cooperação entre os três entes
federados: União, estados e municípios — afirmou em entrevista ao programa
Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Priscila salienta que o principal
foco a ser evidenciado nas políticas educacionais é a qualidade no ensino.
Conforme ela, a responsabilidade pela alfabetização dos estudantes "na
idade certa" é do docente:
— O professor é o principal
profissional do país. Em todas as áreas, o profissional teve, em alguma fase da
vida, professores. Por isso, temos que investir no início de tudo: o professor
— ressalta.
Outro problema apontado pela diretora
do movimento parte do princípio de que a formação inicial dos educadores,
dentro das universidades, "tende ao teórico, ao básico":
— A formação inicial dos professores
não tem dado devido foco à aprendizagem dos alunos. Entre 10% e 20% do ensino
nas faculdades de Pedagogia é didática, em como ensinar.
O baixo índice de investimento dos
recursos gaúchos na Educação reflete nos primeiros anos de escola, de acordo
com Priscila. Conforme explica, o Rio Grande do Sul é o segundo Estado em que
menos crianças vão para a educação infantil, à frente apenas de Rondônia. Os
dados apresentados por ela mostram que, enquanto estados do Nordeste possuem
taxas de 80% de crianças estudando, o RS tem índice de 54%.
Fonte: Zero Hora (RS)
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