Durante
o mês de maio, mais de 400 mil Alunos de 15 e 16 anos de Escolas públicas e
privadas de mais de 60 países participaram da quarta edição do Programme for
International Student Assesment (Pisa), o principal termômetro para medir a
qualidade da Educação no mundo. Organizada pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), a prova brasileira foi feita por 25.712
estudantes de 902 Escolas espalhadas por 574 cidades em todos os Estados, que
foram avaliados em leitura, matemática e ciências.
Embora
seja um dos países que mais avançaram nas três primeiras edições do Pisa,
aplicadas a cada três anos, o Brasil figura atualmente na 54ª posição do
ranking do exame e sua situação pode complicar um pouco mais no exame atual.
Como a cada prova uma disciplina é enfatizada, o gerente nacional do Pisa,
Professor João Galvão Bacchetto, dirigente do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), acredita que o foco na
matemática este ano pode atrapalhar o desempenho dos Alunos brasileiros.
"No
caso do Pisa 2012 a matemática é o foco. Das três área esta é aquela que o
Ensino brasileiro vem apresentando maiores dificuldades ao longo das edições.
Mas o resultado do PISA deve ser visto de forma global e não apenas
centralizado em uma ou outra área, quando compararmos com o PISA 2003, que o
foco também é matemática, teremos avançado bastante", avalia Bacchetto.
No
resultado geral, somando as três disciplinas, o Professor acredita que o país
pode saltar posições no ranking. "O país deve continuar melhorando, pois a
Educação brasileira vem melhorando. Incluímos mais estudantes da faixa etária
do Pisa na Escola, muitos estão avançando nos anos de estudo com a regularização
do fluxo e o Pisa vem captando isso."
Como
somente jovens de 15 e 16 anos fazem a prova, Bacchetto explica que apenas
Alunos acima do 7º ano do Ensino fundamental são elegíveis a participar do
Pisa. A Escola selecionada envia ao Inep o dados de todos os estudantes que
atendem a esse critério e, posteriormente, há um sorteio entre esses nomes - no
máximo 35 por Escola fazem a prova escrita e, dentro desses, outros 18 Alunos
fazem a prova no formato eletrônico. O sorteio é realizado por um software fornecido
pelo consórcio internacional responsável pela aplicação do exame em todo o
mundo.
Fonte: Valor Econômico (SP)
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