quinta-feira, 21 de junho de 2012

Matemática pode baixar nota brasileira no Pisa

Durante o mês de maio, mais de 400 mil Alunos de 15 e 16 anos de Escolas públicas e privadas de mais de 60 países participaram da quarta edição do Programme for International Student Assesment (Pisa), o principal termômetro para medir a qualidade da Educação no mundo. Organizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a prova brasileira foi feita por 25.712 estudantes de 902 Escolas espalhadas por 574 cidades em todos os Estados, que foram avaliados em leitura, matemática e ciências.
Embora seja um dos países que mais avançaram nas três primeiras edições do Pisa, aplicadas a cada três anos, o Brasil figura atualmente na 54ª posição do ranking do exame e sua situação pode complicar um pouco mais no exame atual. Como a cada prova uma disciplina é enfatizada, o gerente nacional do Pisa, Professor João Galvão Bacchetto, dirigente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), acredita que o foco na matemática este ano pode atrapalhar o desempenho dos Alunos brasileiros.
"No caso do Pisa 2012 a matemática é o foco. Das três área esta é aquela que o Ensino brasileiro vem apresentando maiores dificuldades ao longo das edições. Mas o resultado do PISA deve ser visto de forma global e não apenas centralizado em uma ou outra área, quando compararmos com o PISA 2003, que o foco também é matemática, teremos avançado bastante", avalia Bacchetto.
No resultado geral, somando as três disciplinas, o Professor acredita que o país pode saltar posições no ranking. "O país deve continuar melhorando, pois a Educação brasileira vem melhorando. Incluímos mais estudantes da faixa etária do Pisa na Escola, muitos estão avançando nos anos de estudo com a regularização do fluxo e o Pisa vem captando isso."
Como somente jovens de 15 e 16 anos fazem a prova, Bacchetto explica que apenas Alunos acima do 7º ano do Ensino fundamental são elegíveis a participar do Pisa. A Escola selecionada envia ao Inep o dados de todos os estudantes que atendem a esse critério e, posteriormente, há um sorteio entre esses nomes - no máximo 35 por Escola fazem a prova escrita e, dentro desses, outros 18 Alunos fazem a prova no formato eletrônico. O sorteio é realizado por um software fornecido pelo consórcio internacional responsável pela aplicação do exame em todo o mundo.
Fonte: Valor Econômico (SP)

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