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Salve, queridos diqueiros!
Tomara que tenham um reflexivo dia do trabalhador.
Aliás, Afonso Guedes, nosso diqueiro e importante homem de TV, enviou rápida e inspiradora consulta sobre a nomenclatura dia do trabalho (veiculada pela globo) e dia do trabalhador. Qual seria a correta?
Explico: se temos dia do médico, dia do professor, dia do farmacêutico, dia do publicitário e outros tantos dias, nomeando a categoria, por que no caso no trabalhador há essa metonímia? Arrisco-me a afirmar que, mais uma vez, a questão ideológica define o uso, não é? Parece que o estado e as mídias ignoram seu significado histórico, relegando a segundo plano o caráter combativo e classista que a data deveria ter. Não se trata apenas de mais um feriado, ora!
Desde 1889 a Segunda Internacional Socialista decidiu, em Paris, homenagear os trabalhadores por suas lutas no evento de Chicago, envolvendo policiais e que acabou com tantas vidas.
No Brasil, a data começa a ser comemorada a partir de 1925.
Pois bem: ainda hoje, os interesses das corporações optam por afirmar que as nomenclaturas são equivalentes e que se pode empregar uma pela outra.
Não é verdade! A expressão dia do trabalho é oficialesca e representa a prevalência da ação (trabalho) em detrimento do sujeito que realiza esta ação (trabalhador). Esta perspectiva é positivista demais, gente! É óbvio, na confusão de nomenclatura, o conteúdo ideológico de esvaziamento do sentido histórico do termo trabalhadores.
Ui, cansei vocês!
Perdoem esta trabalhadora da educação que aproveita o espaço para protestar com tanta veemência, sim?
Grande abraço,
Edinalda
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