O Programa Internacional de Avaliação
de Alunos (Pisa) é hoje o principal exame para medir a qualidade da Educação no
mundo. As provas são aplicadas a cada três anos, desde 2000. Os resultados de
2009, sua última edição, mostraram o Brasil em uma situação delicada: no 53º
lugar entre 65 países.
Com 401 pontos (em uma escala que vai
até 800), o Brasil ficou - na última avaliação - bem abaixo da média dos países
da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (496) e atrás de
Trinidad e Tobago, Bulgária, México e Turquia. Contudo, mesmo negativado, o
resultado representou uma evolução significativa. Pois em relação ao ano de
2006, o Brasil subiu 33 pontos, uma melhora que só foi menor do que as do Chile
e Luxemburgo. Em 2000, o país amargou a lanterna na classificação, que na época
incluía 45 nações.
O Pisa é um programa internacional
que avalia sistemas educacionais de 65 países, incluindo o Brasil. Nessa
avaliação, examina o desempenho de estudantes na faixa-etária dos 15 anos,
idade média do término da Escolaridade básica obrigatória na maioria das
nações. O indicador é desenvolvido e coordenado pela Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As questões importantes que deseja
saber: a) Se os estudantes estão preparados para os desafios do futuro; b) Se
os Alunos conseguem refletir, argumentar e se comunicar com eficiência; c) Se
os estudantes têm capacidade de continuar aprendendo por toda a vida. Essas são
algumas das questões que o Pisa (Programme for International Student
Assessment), programa de avaliação internacional de estudantes, em tradução
livre para o Português, pretende responder.
O Pisa, hoje, avalia três áreas do
conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. Os resultados são classificados
em seis níveis, sendo 1 o pior e 6 o melhor. Em Leitura, apenas 0,1% dos
estudantes brasileiros alcançaram o nível 6, enquanto em Ciências nenhum
estudante alcançou esse nível. Em Matemática, o resultado brasileiro, 386
pontos, ficou abaixo até da meta estabelecida pelo Ministério da Educação
(MEC), de 395.
Entre os estados brasileiros, o
melhor resultado foi do Distrito Federal, com média geral de 439 pontos,
seguido por Santa Catarina (428), Rio Grande do Sul (424), Minas Gerais (422) e
Paraná (417).
A próxima edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que será realizada em setembro de 2012, acontecerá sob novos moldes. Isso porque está prevista a aplicação de uma prova eletrônica, diferente daquela em papel, para uma subamostra de 256 Escolas brasileiras (a amostragem total da avaliação é de 25 mil Alunos, o que envolve 902 Escolas).
A próxima edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que será realizada em setembro de 2012, acontecerá sob novos moldes. Isso porque está prevista a aplicação de uma prova eletrônica, diferente daquela em papel, para uma subamostra de 256 Escolas brasileiras (a amostragem total da avaliação é de 25 mil Alunos, o que envolve 902 Escolas).
Em países no exterior, a Finlândia
atingiu a marca de 536 pontos em Leitura, 541 em Matemática e 554 em Ciências -
média geral de 543 pontos. Entre os 10 países mais bem colocados no “ranking”,
cinco são asiáticos (China, Coreia do Sul, Cingapura, Japão e Hong Kong), dois
ficam na Oceania (Austrália e Nova Zelândia), um nas Américas (Canadá) e dois
na Europa (Finlândia e Holanda).
Nas últimas décadas, o Brasil tem
executado diversas avaliações visando o mapeamento da atual situação
educacional no país, em todos os níveis de Ensino. Na Educação Básica há a
PROVINHA, a Prova Brasil e o Enem aliados ao Censo Escolar. No Ensino Superior
tem-se o ENADE aliado ao Censo e à visita in loco de Comissões de Avaliadores.
Na pós-graduação tem-se uma série de critérios da CAPES para autorização e
reconhecimento dos cursos de pós-graduação.
Essa avalanche de avaliações,
determinadas pelo MEC, através do SAEB, intensificam as discussões no campo da
avaliação, sejam estas conceituais ou práticas. Com todo esse esforço o país
deve encontrar meios eficazes para combater: o índice de Analfabetismo, a
evasão Escolar, o despreparo profissional daqueles que chegam ao mercado de
trabalho, a formação dos Professores.
Essas questões exigem estudos e
pesquisas que apresentem dados consistentes, análises adequadas, favorecendo a
conscientização de gestores e Educadores para que sejam tomadas decisões
visando modificar o perfil da Educação brasileira. O Professor, como “Educador
do mundo”, deve ser pessoa disciplinada, bem preparada, ética, responsável,
educada, um exemplo para aqueles que passam por suas mãos. Sem que o Professor
possua essas qualidades nenhuma política educacional prospera.Então, em
primeiro lugar, vem a qualidade, qualificação, perfil, dos profissionais em
Educação. O Brasil precisa adotar política rígida para aqueles que desejam ser
Professores. São estes profissionais que preparam todos os outros no mundo inteiro.
Saber selecionar e preparar bem os Educadores é tarefa urgente ao Brasil.
Luísa Galvão Lessa, Pós-Doutora em Lexicologia e
Lexicografia, Doutora em Língua Portuguesa, in: A Gazeta (AC)
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